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Biodiversidade em cavernas do Cerrado

Biodiversidade em cavernas do Cerrado

O Cerrado, ao lado da Mata Atlântica, é considerado um dos hotspots mundiais para a conservação da biodiversidade do planeta. Além das diversas fisionomias externas, tal bioma apresenta inúmeras cavernas, as quais compreendem um dos “compartimentos” menos conhecidos deste sistema. Infelizmente, a ocupação econômica do cerrado tem sido realizada de forma inadequada e sem planejamento, e este bioma tem sofrido grandes alterações principalmente em decorrência de atividades realizadas pela agroindústria. Tais interferências, em geral, refletem-se diretamente sobre as cavernas, podendo causar sérios danos às populações subterrâneas, principalmente quando estas são de espécies troglóbias, de elevado endemismo. No Brasil, as pesquisas referentes a ambientes cavernícolas se iniciaram a partir da década de 80.  Porém, apenas algumas áreas nos estados de Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Bahia possuem levantamentos biespeleológicos mais extensos. Nesta perspectiva, este projeto pretende atuar em uma região com grande potencial bioespeleológico, realizando um levantamento da fauna subterrânea do Cerrado Brasileiro, possibilitando que se aponte os focos de maior endemismo e de diversidade da região. Com o presente projeto serão obtidos dados de riqueza, diversidade, endemismos e distribuição da fauna associada às cavernas inseridas no Cerrado Brasileiro. No intuito de se valorar as cavidades em estudo será feita a avaliação dos impactos e da estrutura das comunidades biológicas utilizando-se ferramentas distintas: a riqueza total e a riqueza relativa das espécies, a presença de populações troglomórficas, o grau de impactos e o status de conservação de cada caverna. A partir da sobreposição destes dados, serão propostas áreas prioritárias para a conservação da biota subterrânea presente no Cerrado. Somando-se os dados que serão obtidos neste projeto com aqueles provenientes de dois outros projetos que utilizaram a mesma metodologia para definição de áreas prioritárias para a conservação da biota subterrânea da Mata Atlântica e da Caatinga, espera-se obter um amplo panorama da diversidade subterrânea destes três biomas, além de ser possível evidenciar alguns padrões gerais de estrutura das comunidades e evolução de taxa associados a cavernas destes importantes biomas Brasileiros.

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